17 de abril de 2012

Os debates sobre réplicas continuam


Os debates de Republicanos Réplicas Continuam. 

 Olá, estava lendo esse post no parfaitdoll e achei muito interessante a noticia e os comentários da autora por isso pedi a autorização dela para traduzi-lo, espero que vocês achem tão interessante quanto eu!
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 O debate sobre réplicas continua mais forte do que nunca agora que uma das brands chave de lolita falou publicamente para ambas suas clientes, japonesas e internacionais (ela fala em overseas lolita, vou traduzir como internacional, mas se alguém souber uma melhor me fale). Innocent World postou uma mensagem no seu site não apenas formalmente se dirigindo aos produtores de réplicas, oque nunca tinha acontecido na casa das brands, mas também ameaçando terríveis punições para ambos os  fabricantes e os compradores que intencionalmente compram as réplicas.

 Nos ultimos anos, fabricantes chinesas tem feito rapidamente e algumas vezes de má qualidade cópias de vestidos populares de brands lolita, do corte a print como um todo. O que começou na china agora se espalhou pelo japão e lolitas internacionais através de vários agentes bilingues e grupos no facebook, onde os vestidos são feitos em massa e ai vendidos por um quarto do preço do original. Enquanto as brands sabem sobre isso faz algum tempo, elas preferiram não se meter no mercado negro e como Maria Antoinette, recusaram-se a abordar o abuso de Du Barry.

(e então isso aconteceu. Me desculpe, Anderson Cooper, mas eu tinha que fazer isso.) 

 Então, o fato da Innocent World ter tomado um partido está tendo algum efeito? Muitas lolitas na comunidade que falam que estão considerando réplicas ficaram com medo das não especificadas consequências. Isso significa que qualquer garota pega usando vestidos de réplicas de brands (em eventos ou lojas) seria levada para fora? Que eles vão começar uma lista de e-mails baseada em quem parece estar pedindo-as? Teve até uma conversa sobre coletar os nomes dos usuarios que pareçam ter comprado vestidos de réplica de segunda mão e apresentando eles para a brand para uma lista negra, e o mais assustador, potencial ação legal. (Isso é uma outra lata de minhocas que não vou entrar... poderiam algumas anti-réplicas estar ciscando na policia internacional e mantendo o controle na quelas que compram e vendem esses vestidos, incluindo os vendedores de segunda mão? Mas estou divagando.)

 Eu duvido que esse aviso vai ter algum efeito nas meninas que atualmente tem varias replicas ou que raramente compram brands. Também duvido que isso irá dissuadir os fabricantes a não ser que a China decida consequências rígidas para os produtores de mercadorias de contra-facção. As unicas lolitas que sofreram são as que compram na sua maioria brand mas são ocasionalmente tentadas a comprar réplicas, assim como eu.

 Há também um discussão que as garotas que compram réplicas não são seu mercado consumidor, que não é para o bico delas (no original está escrito: so it's no skin off their nose.), por assim dizer. Nesse tópico eu não concordo. Não acho que é uma questão de um grupo demográfico de meninas com mentalidade de preços do Wal-Mart aplicada a lolitas que devoram réplicas e nada mais. Acho que a compradora de réplicas regular tem algumas junto com coisas de brand e offbrand.

Foi um timing fascinante para mim em particular pois na semana passada recebi minha primeira  réplica pelo correio. 

 Comprei a réplica do Happy Garden (originalmente uma print da Angelic Pretty, lançada em 2010), que é basicamente uma print pastel de coelhos de pascoa, galinhas, e ovos coloridos. A réplica me custou 55 dólares (101 reais); o original tem um preço de revenda salgado de  150, 250 dólares (270,5 reais; 462 reais) dependendo a quem você pergunta e em que condição está.

 No meu caso as minhas motivações para comprar réplica foram:

- Comprar um vestido a um preço mais baixo de uma print que não é utilizável o ano todo ( Pascoa ou na primavera, os únicos momentos que me sinto confortavel usando ovinhos e  cestas de pascoa)
- O desejo por um vestido casual que não fico preocupada em arruinar e perder o investimento feito nele. Na verdade eu acabei usando o meu na pascoa em uma fazenda de quintal e alimentei pintinhos nele - uma coisa que nunca ia acontecer com o vestido real, eu posso garantir.
- Eu tenho varios amigos usando réplicas que parecem ter uma boa qualidade; na verdade ninguem pensa que era uma réplica sem um exame mais próximo.

 E finalmente, eu estava curiosa. Tinha ouvido reviews diferenciadas de cada réplica de cada print feita por cada marca. Acho que a curiosidade matou o gato, e eu comprei meu primeiro item de réplica.

 No outro lado da moeda, estarei no Acen em algumas semanas, onde a Angelic Pretty e suas famosas designers Maki e Asuka aparecerão. Quando brands estão oferecendo eventos, há uma regra universal que você deve ir com seus produtos e nada de outros. No caso da Angelic Pretty, seria considerado muito ruim usar qualquer coisa alem de AP, principalmente Baby the Stars Shine Bright (sua maior competição e arque inimigo) ou, Deus que me perdoe, réplicas. Irei deixar meu Happy Garden em casa, obviamente. Não quero nem leva-la para o mesmo código postal que as designers. Mas também tenho feito algumas inspeções no meu armário para ter certeza que eu posso coordenar três ou quatro coordinates só da AP. E cheguei a conclusão que por mais que eu gostaria de usar só Angelic Pretty, não esta no meu orçamento comprar apenas brand. Caçar sapatos fofos mas que não são de réplica está sendo o mais difícil.

 Lealdade as brands é uma grande coisa no Japão. Cartões de pontuação, eventos especiais, e atendimento personalizado da brand já é comum. Vou admitir que encontrar os designers e se sentir mais próximo a brand definitivamente desencoraja a compra de réplicas mas não necessariamente a produção. Uma coisa contra a minha nova réplica do Happy Garden é que não posso usa-la para eventos de brand. É o meu segredo semioficial, sério.  Mas também é um momento emocional. eu lembro quando as primeiras réplicas do Usakumya saíram - muito mal produzidas bolsas de urso com orelhas de coelho. O primeiro pensamento que veio a minha mente foi a designer Kumiko Uehara, que eu conheci na abertura da loja da baby em São Francisco em 2009. Ela adorava aqueles ursinhos estranhos vestidos de coelho. Ela estava tão feliz por ter feito o chaveiro na quele verão que ela tinha três deles pendurados na bolsa. Eu imediatamente me senti triste que alguém tenha tentado e falhado flagrantemente em copiar a sua ideia.

O impostor versus o Mafia Usakumya

 Mas ai outra vez, talvez nós como lolita internacionais precisamos achar uma outra opção. Enquanto o site da Innocent World é postado em ambos Japonês e Inglês, e muitos outros sites oferecem envio internacional, poderia ser que a audiência internacional não é o seu foco principal. Quando eles falam de ultraje de réplica e perder dinheiro ou respeito, eu diria que eles falam sobre problemas que veem acontecer no dia-a-dia nas áreas ao redor de suas lojas e a moda no Japão. Há anos brands lolitas tem descuidadamente se feito indisponíveis para lolitas consumidoras internacionais seja saltando os arcos (no original: jumping of hoops), listas negras injustas, pouco para nenhum serviço ao consumidor, ou impondo as regras draconianas (lembra quando o Chess Chocolate  saiu e só era permitido o envio de um por cliente e gerou compradores-pessoais-por-aluguel?) (acho que é isso o original é meio confuso) Enquanto a lealdade as brands é uma das propagandas chaves de brands lolita, e funciona (como toda a garota que se apaixonou por uma brand especifica sabe), a questão sempre ficou não dita se eles valorizam a nossa lealdade.

 Réplicas florescem agora enquanto a um mercado disposto a pagar por elas. Enquanto parece para mim que algum mercado sempre vai existir, uma das melhores maneiras de esmagar o suporte exterior seria desenvolver uma relação mais próxima e lealdade a brand em lolitas internacionais. Se as brands se tornassem mais envolvidas com o tamanho, preço, ou até coisas básicas como serviço ao cliente, o mercado de réplicas diminuiria severamente. A Angelic Pretty indo paro o meio-oeste (dos EUA) pela primeira vez já vai diminuir o desejo por réplicas, mesmo que por um curto período de tempo. Outra queixa que as garotas dizem que desviam elas de brand como tamanhos e preços (preço até um ponto; eu entendo que itens de brand são feitos com tecidos e materiais caros) poderiam ser aliviados por um atendimento mais próximo e por uma relação mais demográfica. Se os seus clientes estão indo a outro lugar procurar os seus produtos, não só os seus do dia pra noite consumidores mas os devotados e constantes, então seu modelo de negocio precisa ser reexaminado.

 Se você esta atendendo a uma reunião de brands como designer, como você lidaria com o problema das réplicas?

(Eu me diverti muito fazendo os gráficos. E admito montar um screenshot da CNN foi o meu favorito. Desculpe-me, Anderson Cooper.)

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Original: Parfait Doll
Traduzido por: Carol

4 comentários:

  1. Réplicas sempre são um problema para o vendedor original, mas veja só a Angeli Pretty por exemplo.
    Fazem a print em quantidades limitadíssimas, vendem tudo e depois NUNCA MAIS FAZEM. Claro que vai surgir réplica né, afinal, mais gente entra no estilo, mais gente quer comprar, mas a loja não fabrica mais. Um bom exemplo disso é o Sugary Carnival, que aundo fizeram a réplica foi uma loucura total.
    Mesmo um vestido desses de segunda mão custa um rim, então quem estaria tão disposto a pagar caro por um vestido usado por que a loja não o faz mais se ela pode pagar mais barato num vestido novo que é praticamente igual?
    Já o preço, o que eu digo é que para japonesas, apesar de ser 'caro', não é 'caríssimo' como se torna aqui, afinal, o japão tem salários maiores então os preços estão dentro do poder aquisitivo da maioria das japonesas.
    E vem esse outro ponto do tamanho. Olha a Mary Magdalene e seus tamanhicos diminutos e me diz se tem condição? Ainda mais ela que é uma brand super replicável, com certeza é mais fácil mandar fazer um igual do que tentar emagrecer e ficar anoréxica por causa disso ( e sim, tem garotas que acabam anoréxicas para caber em vestidos de brand)
    Creio que as brands devam parar e pensar um pouco nos clientes delas, não só os japoneses, por que eles não são bobinhos e sabem que há lolitas no mundo inteiro.

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  2. Achei bem legal esse teu post =) é um tema bem polêmico!
    Bom eu estou bem dividida pois tenho brand e replica,e claro os preços de replica são bem mais atrativos,porem as brands fazem com muito mais amor as coisas botando muita importância na qualidade e modelagem perfeitas de suas criações.
    Eu se fosse uma das criadoras da AP ficaria bem de cara hehehe,pq é brabo tu ver teu trabalho suado ali nas mãos dos chineses e tudo por uma barganha..mas não posso jogar a primeira pedra e replica,até pq tenho.
    xoxo
    Luly

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  3. O probelmas da burando é que elas ainda estão voltadas muito para o mercado local. Por exemplo, eu com 1,70 e 90 de busto tenho, muitas vezes, dificuldades em achar um vestido que sirva em mim. Além disso, para comprar brandas temos que importar, usar cartão de crédito e etc. Com certeza, o que faria diminuir as réplicas seria endo uma loja física no Brasil, mas é claro que isto ainda está muito longe de ocorrer porque o mercado é mínimo.

    Mas concordo com as brands em reclamar de réplicas, já que teve todo um trabalho de design e etc por traz dos vestidos, e as réplicas simplesmente é um roubo de todo este trabalho.

    Quanto ao preço, peças lolitas são caras. Talvez se as brands tentassem fazer peças mais baratas (mais simples, e talvez até com tecidos mais baratos), pudesse haver mais compradoras de brands. Contudo, acredito que se a pessoa realmente não pode comprar um brand, faça um vestido usando nossos tecidos e costureiras daqui. Já achei lindos tecidos lolitáveis. ^^

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  4. Achei muito interessante o post e as respostas dele! Onde moro as replicas são bem vindas por diversos motivos: primeiro que o frete e muito caro, segundo que nem todos tem poder econômico para isso, e também por que as lolitas daqui se importam em estar no estilo! E não em usar marca...afinal esta não seria o objetivo da coisa?
    Os brands sairiam tão caro para ca, que estão começando a abrir minilojinhas criando modelos originais!
    Mas isso funciona apenas para roupas...os acessórios temos que fazer ou achar uns que possam se encaixar no estilo!
    Ótimo post!
    Beijos! ♡

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